terça-feira, dezembro 15, 2009
DEXTER - A QUARTA TEMPORADA COMPLETA (Dexter - The Complete Fourth Season)
Parecia com as anteriores, mas alguns elementos acabaram por transformar a quarta temporada de DEXTER (2009) na melhor da série até o momento. Afirmar isso, levando em consideração a ótima primeira temporada, que ainda por cima tinha a vantagem da novidade, talvez seja um pouco precipitado, mas vejamos. Antes de mais nada, a temporada contou com o melhor serial killer que Dexter Morgan já enfrentou: Arthur Mitchell, também conhecido como "Trinity Killer" e interpretado por ninguém menos que John Lithgow. Sabe-se que um grande vilão é elemento importantíssimo para tornar um filme ou uma série em algo no mínimo muito bom.
Na trama, o agora aposentado agente do FBI Frank Lundy está de volta a Miami, numa busca obcecada pelo tal serial killer - e também para balançar o sofrido coração de Debra Morgan. Segundo ele, o assassino utiliza como modus operandi três tipos de mortes diferentes em diferentes cidades dos Estados Unidos. Uma das mortes é apresentada logo no primeiro episódio e é de grande impacto: o assassino pega uma mulher na banheira, imbobiliza-a, deita-se com ela, faz com que ela olhe para si mesma no espelho em seus momentos finais e desfere um golpe mortal em sua coxa até a banheira se encher de sangue.
Não sei se houve mudança da equipe criativa, mas a série esteve tão bem escrita que nem parece aquele tosquice que foi a terceira temporada. Entre os melhores momentos, destaco o segundo episódio, "Remains to be seen", um dos mais eletrizantes. Dexter sofre um acidente de carro, devido ao sono que o abate - vida de casado e pai de recém-nascido não é mole - e sua principal preocupação é que alguém descubra o corpo em pedacinhos de sua mais recente vítima. A temporada também rendeu a melhor performance de Jennifer Carpenter, que já era vista até por aqueles que não gostam da série como a melhor coisa de DEXTER.
O melhor episódio da temporada e provavelmente de toda a série é "Hungry Man", dirigido por John Dahl. É o episódio em que Dexter se convida para participar do dia de ação de graças na casa de Arthur e testemunha o horror que aquele homem faz a sua própria família. O momento do ataque de Dexter é empolgante. Tudo bem que humanizaram demais o personagem ao longo da série. Aquele homem com dificuldades de sentir da primeira temporada foi cada vez mais substituído por alguém que começa a descobrir o amor e os valores familiares. Isso pode até ser visto como ridículo, mas até que os roteiristas fizeram um bom trabalho e transformaram a rotina de casado de Dexter em mais uma dificuldade em sua vida. Quanto aos assassinatos que ele comete, eles se tornaram cada vez menos importantes diante da trama principal. Mas a trama principal é muito boa. E os roteiristas também foram ousados no final, surpreendente e que me deixou olhando para a televisão por alguns minutos. Ainda não sei se gostei do final, mas foi uma baita surpresa.
Também vi ontem a série de curtinhas em animação DEXTER - THE EARLY CUTS (2009), que utiliza a voz de Michael C. Hall e a música da série para mostrar o primeiro assassinato de Dexter, seu primeiro troféu. Os curtas caricaturizam ainda mais o personagem, mas os desenhos são caprichados. (Valeu, Zezão!)
P.S.: John Lithgow foi indicado ao Globo de Ouro como melhor ator coadjuvante em série ou minissérie! Está bem acompanhado, concorrendo com Ari (ENTOURAGE) e Ben (LOST).
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