sexta-feira, outubro 16, 2009
BREAKING BAD - A PRIMEIRA TEMPORADA COMPLETA (Breaking Bad - The Complete First Season)
Toda sexta-feira é assim. Eu me sinto como se tivesse esgotado meu combustível, devido à longa jornada de trabalho semanal e à minha recusa em dormir cedo para poder aproveitar o pouco tempo livre que me resta. Quando chega a sexta-feira, então, sinto-me esgotado. Mas vamos que vamos que o dia mal começou e o sábado ainda reserva algumas obrigações a cumprir, mais um leão para matar.
Quem também vive estressado em trabalho duplo para dar o melhor para sua família é Walter White (Bryan Cranston). Além de trabalhar numa loja, ele dá aulas de química numa escola de ensino médio. Até o dia que vai ao médico e descobre que está num estágio avançado de câncer no pulmão. Em vez de baixar a cabeça e se entregar a um tratamento de quimioterapia e ficar descansando com a família, ele resolve chutar o pau da barraca, fazendo algo inusitado: ele convida seu ex-aluno, traficante e usuário de drogas, para produzir metanfetamina, utilizando seus conhecimentos de química. Esse é o ponto de partida de BREAKING BAD, a série que já está com a terceira temporada confirmada para 2010.
Como a primeira temporada (2008) tem apenas sete episódios e tem sido premiada e elogiada, resolvi arriscar. E não me arrependi. Criada por Vince Gilligan (ARQUIVO X), BREAKING BAD está sendo veiculada nos Estados Unidos no mesmo canal de outra série querida do momento que eu ainda não tive oportunidade de conferir, MAD MEN. E é fácil se identificar ou se solidarizar com Walter White. Afinal, quem nunca teve vontade de jogar tudo para o alto, mandar o seu chefe tomar banho e fazer alguma coisa diferente e perigosa para se sentir mais vivo? E a ideia inicial de Walter é mesmo não contar nada para sua família sobre a doença. Ele é o tipo de cara que as pessoas vêem como careta, que não respeitam, e é bom vê-lo mudando de hábitos e de comportamento a ponto de virar até uma espécie de herói fora-da-lei em determinado episódio.
O episódio piloto é ótimo, mas não o suficiente para deixar o público viciado. O melhor vem depois, com os eletrizantes segundo e terceiro episódios. Um possível problema da série, mas que ainda não se apresenta visível na primeira temporada é o fato de que não dá para esticá-la muito, já que em uma hora o sujeito vai ter que morrer ou ficar curado com o tratamento. E eu ainda não sei como a série conseguiu se esticar até a terceira. BREAKING BAD teria um problema semelhante ao de PRISON BREAK, isto é, tem um "prazo de validade" indefinido, mas que imagina-se que seja de curta extensão.
A série se destaca por ser muito bem escrita e por ter ótimos atores em grandes performances. Só Bryan Cranston já ganhou dois prêmios Emmy. Mas também merecem destaque Anna Gunn, no papel da esposa grávida de Walter, e Aaron Paul, como o jovem traficante Jesse, responsável por alguns dos momentos de maior emoção da série, graças ao seu envolvimento com o mundo do crime.
Agradecimentos ao amigo Renato Doho pela cópia.
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