terça-feira, setembro 01, 2009
O HOMEM LEOPARDO (The Leopard Man)
Uma pena ter me decepcionado com O HOMEM LEOPARDO (1943), logo depois de ter ficado em êxtase com as obras-primas A SÉTIMA VÍTIMA, de Mark Robson, e A MORTA-VIVA (1943), de Jacques Tourneur. E lembrando que também sou admirador de outra obra de Tourneur para a produtora de Val Lewton, o clássico SANGUE DE PANTERA (1942). O HOMEM LEOPARDO é filme-irmão de SANGUE DE PANTERA, utilizando-se basicamente dos mesmos meios para atingir o espectador, como cenas de mulheres indefesas andando em ruas desertas escuras, temendo sempre o perigo à espreita. A diferença aqui é que há mais da ambiguidade em relação ao aspecto mais fantástico da trama.
O problema de O HOMEM LEOPARDO, a meu ver, está no excesso de personagens e consequentemente na dificuldade de se apegar a eles. E com o excesso de personagens, a trama também se torna um pouco confusa e aparentemente carente de maior coesão. Boa parte dos personagens, aliás, é vítima do leopardo que está à solta. Ou seria um homem o autor dos estranhos assassinatos? Como havia dado certo em A MORTA-VIVA, que se passa numa ilha do Caribe, Tourneur aposta novamente no exótico, ao ambientar a trama numa cidade que fica na fronteira entre Estados Unidos e México, rodeada de latinos por todos os lados.
Algumas cenas em especial merecem destaque, especialmente as noturnas e atmosféricas e que exploram o jogo de luz e sombras, muitas sombras, já conhecidas de quem entrou em contato com as produções de terror/suspense de Val Lewton. Além das cenas que envolvem as moças sendo atacadas ou perseguidas, gosto bastante da sequência da procissão dos mortos (ou algo parecido), quando um grupo de pessoas usa vestimentas semelhantes às da Ku Klux Klan, só que de cor negra.
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