2. E O VENTO LEVOU, de Victor Fleming
3. LEVADA DA BRECA, de Howard Hawks
4. O PRISIONEIRO DA ILHA DOS TUBARÕES, de John Ford
6. HERÓIS ESQUECIDOS, de Raoul Walsh
7. O HOMEM INVISÍVEL, de James Whale
8. PARAÍSO INFERNAL, de Howard Hawks
10. KING KONG, de Ernest B. Schoedsack e Merian C. Cooper
11. MONSTROS, de Tod Browning
12. O MORRO DOS VENTOS UIVANTES, de William Wyler
14. A NOIVA DE FRANKENSTEIN, de James Whale
15. A DAMA DAS CAMÉLIAS, de George Cukor
16. O VAMPIRO, de Carl Theodor Dreyer
18. BOÊMIO ENCANTADOR, de George Cukor
19. DUAS VIDAS / POEMA DE AMOR, de Leo McCarey
20. NINOTCHKA, de Ernst Lubitsch
A década de 30 foi especial para o cinema. Começou com o cinema falado dando seus primeiros passos e terminou com um ano de safras extraordinárias. Muitos afirmam que 1939 foi o ano de ouro da História do Cinema. Infelizmente também foi o ano do início de um período negro para a humanidade, com o estouro da Segunda Guerra Mundial, que modificou toda a política mundial e fez com que Hollywood se tornasse a grande potência cinematográfica dominante. Não à toa que A REGRA DO JOGO, de Jean Renoir, ganhou uma importância ainda maior, pelo fato de ter sido produzido enquanto a Europa lutava para sobreviver ao conflito.
Os anos 30 foram os anos dos filmes de gângster, com astros como James Cagney e Edward G. Robinson como figuras míticas. Provavelmente o melhor exemplar dessa época gloriosa seja HERÓIS ESQUECIDOS, do aventureiro Raoul Walsh. A Warner se firma como a produtora de filmes desse gênero, enquanto a Universal cresceria com filmes de terror de monstros clássicos, gerando obras-primas como A NOIVA DE FRANKENSTEIN e O HOMEM INVISÍVEL, ambos dirigidos pelo talentoso James Whale.
Grandes mestres do cinema mudo, como Charles Chaplin e Fritz Lang, mostraram vigor e uma capacidade de se superarem. O último trabalho de Lang na Alemanha pré-Segunda Guerra, M - O VAMPIRO DE DÜSSELDORF, encabeça a minha lista de favoritos. E se o filme de Lang não tinha nenhum vampiro real, um filme mudo tardio, dirigido por Carl T. Dreyer, chamado O VAMPIRO, trouxe o horror sofisticado e marcante para a história do cinema. Quanto a Chaplin, durante a década de 30, ele resistiu ao cinema falado enquanto pôde e Carlitos continuou vivo ainda nessa década. LUZES DA CIDADE é talvez o melhor filme do simpático vagabundo.
O cinema-espetáculo está muito bem representado pelo clássico melodrama E O VENTO LEVOU, talvez o filme mais popular de todos os tempos e que até hoje emociona audiências de todo o mundo. Outra grande produção que marcou época e que antecipou a era dos blockbusters dos anos 80 foi KING KONG. Nenhuma das outras versões da história do macacão gigante até hoje alcançou a excelência desse original. E falando em monstros, Tod Browning levou o conceito a outro patamar com seu MONSTROS, um dos filmes de horror mais originais, bizarros e que ainda impressionam, apesar da distância do tempo.
Dois diretores quase irmãos também chegaram ao cinema falado já com o status de gigantes. Caso de John Ford e Howard Hawks, cineastas de identidade própria, verdadeiros autores e mestres. Apesar de Hawks também ser um mestre nos filmes dramáticos - caso de PARAÍSO INFERNAL -, ele flertou mesmo com a comédia, tendo dirigido marcos do gênero. Era o apogeu das screwball comedies, que contam como sua obra máxima LEVADA DA BRECA com a genialidade de Cary Grant e Katharine Hepburn. Ambos os astros também estiveram presentes na obra de outro grande nome do cinema americano, George Cukor, que os utilizou no leve e elevador BOÊMIO ENCANTADOR. Cukor também se mostrou um mestre do melodrama, dirigindo uma deusa do porte de Greta Garbo, em A DAMA DAS CAMÉLIAS. Garbo também esteve no clássico NINOTCHKA, de Lubitsch. Quanto a Ford, duas obras são representativas de seu talento: O PRISIONEIRO DA ILHA DOS TUBARÕES e NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS.
No terreno dos melodramas, duas obras até hoje impressionam por estarem impregnadas de um espírito romântico: O MORRO DOS VENTOS UIVANTES e DUAS VIDAS. Se o primeiro flerta com a morbidez e o "mal do século", o segundo se tornaria um exemplar do gênero pelo menos até os anos 60. O filme de Leo McCarey, inclusive, ganhou dois remakes, o primeiro deles, produzido nos anos 50 e em technicolor, foi dirigido pelo próprio McCarey.
E foi na década de 30 que um jovem chamado Alfred Hitchcock se firmou como o mestre do suspense. Ainda que tenha alcançado o status de gênio apenas quando migrou para Hollywood, dos clássicos produzidos na Inglaterra, um tem o meu carinho especial: JOVEM E INOCENTE, filme que usa o tão querido tema do homem inocente acusado por um crime que não cometeu.
Lista feita por ocasião dos rankings promovidos pela Liga dos Blogues Cinematográficos.
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