sábado, janeiro 03, 2009

REVEILLON 2009
























Na foto, da esquerda para a direita, atrás: Murilo, Valéria, César, Apiano, eu, Mano e Erika, Manoel; na frente: Elis, Juliana, Marcélia, Bárbara, Rejane e Danilo.

Estava pensando seriamente em não escrever sobre a viagem, mas incentivado pelo amigo Murilo, lá vamos nós com mais um relato de viagem. O feriado do reveillon, da Confraternização Universal, foi legal. Passei em companhia de um grupo de amigos, numa casa de praia no Porto das Dunas. E ficar na casa era tão bom que a gente nem sentia falta ou vontade de sair para a praia. Até porque os preços das comidas e bebidas nas barracas próximas ao Beach Park não são muito convidativos. Quando eu me sentia sozinho ou quando batia o meu lado anti-social (talvez culpa da Lua na minha 12ª casa?), eu podia ir para o quarto e ficar lendo um livro, deitado na rede. Lá, li mais da metade do arco "Sandman – Entes Queridos", na encadernação luxuosa da Conrad. E como é bom e triste esse arco. Neil Gaiman já não se preocupava mais em explicar as mudanças de rumo da narrativa ou apresentar os personagens, já confiando na familiaridade dos leitores com o seu universo mágico e sedutor. Just in case, levei também o livro das melhores entrevistas da Rolling Stone, mas acabei não lendo nenhuma.

Enquanto isso, no planeta Terra, as pessoas passam por situações difíceis na vida. E pude verificar isso em algumas pessoas da turma, que saem de relacionamentos e voltam para outros, talvez em busca de preencher um vazio, ou desfazer mal-entendidos. Outras enfrentam o vazio da perda e da solidão, mas talvez com a certeza de ter feito a coisa certa. Relacionamentos são complicados. E as pessoas podem ser surpreendentes, como atestou a brincadeira do "Eu Nunca", tendo o sexo como foco, que a turma resolveu promover na noite dessa sexta-feira. Pra quem não conhece, é aquela brincadeira na qual uma pessoa do círculo faz uma afirmativa usando "eu nunca" e quem já fez aquilo que a pessoa disse bebe um gole da bebida que estiver à mão. Uma boa maneira de se aproximar e de se conhecer mais um pouco as pessoas. Mas também uma forma de se perceber o quanto não conhecemos as pessoas. Ou do quanto eu, apesar de quase me desnudar aqui no blog, ainda tenho coisas das quais as pessoas não sabem e por isso ficam surpresas. Digamos que essa brincadeira foi uma espécie de continuação do ritual de conhecimento que foi a noite do Sarau organizado basicamente pela mesma turma, em abril de 2008, na Serra de Guaramiranga.

O dia 31 foi curto. Passou rapidinho. Em vez de ir com o meu carro, peguei carona com o Apiano e o César, que eu não conhecia, mas que são amigos de algumas das meninas da turma e são gente boa. Já chegamos lá à tarde e a meia-noite chegou rapidinho. Como só a Valéria, o Leo e a Juliana foram para o reveillon no Beach Park, boa parte da turma, eu, incluso, fomos a pé - depois das "doze badaladas notúrnicas" e dos abraços e votos de feliz ano novo - até a frente do parque aquático para ver se ouvíamos alguma coisa do show do Nando Reis e do Monobloco. Na verdade, eu não estava muito empolgado para ir, não. No fundo, eu queria mesmo era ficar na casa, lendo algum livro, mas como sei que caminhadas fazem bem pra mim, resolvi ir junto. Por sorte - ou não - quebramos a cara, já que lá de onde ficamos não dava para ver nem ouvir nada. Parecíamos os caras do Pânico tentando entrar em alguma festa de playboy.

E se o dia 31 foi curto, foi ainda mais o dia 1º pra mim, já que dormi até perto de meio-dia, almocei, e depois do almoço fui dormir de novo. Nesse dia, estava bem anti-social e me salvaram algumas conversas interessantes com o Manoel, o Murilo, o Mano e a Erika – em geral sobre música. As conversas mais descontraídas e de recordações das presepadas do passado não me apeteciam ou não me entusiasmavam. Não estava no clima. Nem mesmo para a piscina eu fui. Pelo menos, aproveitei e finalmente ouvi o disco In Rainbows, do Radiohead, integralmente, enquanto a maior parte da turma dormia. E já estava até começando a ficar um pouco triste, mas nada como um dia depois do outro, já que o dia 2 foi bem mais animado. O grande destaque desse dia foram os jogos e brincadeiras. O jogo Uno se mostrou viciante. E mesmo não jogando apostado, provamos um pouco do gostinho do que é ser viciado em jogo, já que a brincadeira durou quase sete horas, acho. O povo não conseguia largar as cartas, principalmente quando o jogo começou a ficar mais acirrado. Depois, a gente se aproximou da piscina, na tentativa, um pouco frustrada, de fazer um Sarau erótico. Não funcionou, mas a brincadeira de "Eu Nunca" foi válida e rendeu sorrisos constrangedores, outros de orgulho, expressões de espanto e outras tantas gargalhadas.

Teve gente que se deu bem melhor e soube aproveitar sem culpa as oportunidades de tornar o feriadão ainda mais memorável. Teve gente que apareceu pouco e bebeu um pouco mais do que estava acostumada. Teve gente que não conseguiu se soltar. Eu, talvez por não estar bebendo, senti-me às vezes um pouco menos em sintonia com o clima geral, mas acho que até que fiquei relativamente à vontade. E fui embora satisfeito, como se pode perceber nas fotos. Na foto acima, pode-se ver boa parte da turma reunida e a caricatura criativa que a Juliana Chagas fez da gente, emoldurando o ano de 2009. No próximo post, voltamos com nossa programação normal.
























Jogando Uno. O número 7, sempre me perseguindo. Em sentido horário: Juliana Chagas, Danilo, Elis, Valéria, César, Ju Diva, Erika, Mano, Murilo e eu.

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