sexta-feira, agosto 29, 2008
FEAR ITSELF - IN SICKNESS AND IN HEALTH
Enquanto John Landis não volta aos cinemas de modo triunfal, temos de nos contentar com esses episódios que ele dirige para a televisão. Nas duas temporadas de MASTERS OF HORROR, ele nos brindou com o maravilhoso DEER WOMAN (2005) e com o bom FAMILY (2006). Dessa vez, com IN SICKNESS AND IN HEALTH (2008), o episódio de FEAR ITSELF com roteiro de Victor Salva (OLHOS FAMINTOS), ele faz o que pode para manter o filme interessante. O problema está mesmo é no "roteiro-pegadinha" de Salva, que põe tudo a perder no final, não conseguindo ser coerente com os atos da protagonista e deixando a coisa até bem clichê.
No entanto, não há como não ficar empolgado com o prólogo, que mostra uma noiva (a bela Maggie Lawson, mais conhecida de quem acompanha a série PSYCH) bastante entusiasmada com os preparativos para o seu casamento até receber um bilhete afirmando que a pessoa que ela está prestes a se casar é um serial killer! E entram os créditos de abertura com a música bacana da série, deixando em nossa mente boas expectativas e a dúvida de como seria a condução da trama. Será que Landis faria um filme estilo SUSPEITA, do Hitchcock, levando a história até pelo menos uma lua de mel? Ou a estória se passaria toda durante a festa de casamento? Levando em consideração os curtos 42 minutos do episódio, a segunda alternativa é mais lógica. E é o que realmente ocorre.
O mais interessante de IN SICKNESS AND IN HEALTH, eu diria, é a locação. Boa parte da trama acontece dentro de uma igreja cheia de imagens de santos do Catolicismo, que já são mostrados antecipadamente nos créditos, mas cuja presença é constante ao longo do filme, contribuindo positivamente para uma atmosfera mais sinistra. Uma pena é que isso não é suficiente para tornar o filme não mais do que uma diversão curiosa ou interessante. Desse modo, por mais que a trama no final se mostre boba, o diretor mantém o interesse até o final – ainda que o interesse vá morrendo aos poucos -, num trabalho que curiosamente tem muito mais diálogos do que se esperaria de um filme de horror.
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