sábado, julho 14, 2007

AO RUFAR DOS TAMBORES (Drums along the Mohawk)



Hoje um dos meus amigos virtuais, o Marcos, falou pra mim via orkut: "Acho que vc deveria postar no blog aos sabados e domingos também, assim teria mais leitura para meus dias de folga,hehe!" Fiquei feliz com o recado, já que o blog é uma das coisas que mais me dá prazer e fico feliz que alguém curta o que eu escrevo, pois eu faço isso de coração. Além do mais, já estava pensando em escrever algo hoje mesmo, já que vou passar uns dias em Natal na próxima semana e ficarei uns dias sem atualizar o blog. Esse mês de julho - que está sendo pra mim cheio de variações de humor -, eu estou dedicando ao "Homero do cinema", o grande John Ford. Consegui mais um filme dele pra acabar de atrapalhar a suposta ordem cronológica que eu tentava impor de inicialmente.

AO RUFAR DOS TAMBORES (1939) foi produzido naquele que é considerado o ano de ouro de Hollywood. Henry Fonda é o protagonista do filme, tendo trabalhando anteriormente com Ford no excelente A MOCIDADE DE LINCOLN (1939), mas o primeiro nome que aparece nos créditos, digo, o nome que aparece na parte de cima, é o de Claudette Colbert, que era uma estrela muito mais conhecida na época, tendo feito sucesso com o clássico de Frank Capra ACONTECEU NAQUELA NOITE. A estória se passa durante a Guerra da Revolução. Fonda e Colbert são um jovem que casal que logo após a cerimônia de casamento parte para o Vale de Mohawk River para reconstruir as suas vidas como fazendeiros. Para eles, a principal preocupação é o constante ataque dos índios, que haviam se aliado aos britânicos. Inclusive, o grande vilão do filme é Caldwell, um sujeito sinistro que usa um tapa-olho, interpretado por John Carradine.

Impressionante a direção de Ford nas cenas de ação, na luta dos americanos contra os índios e os ingleses, que tentavam a todo custo invadir o forte. Destaque também para a cena de Claudette Colbert procurando desesperada pelo marido, quando do retorno dos homens de uma sangrenta batalha. Vale destacar também a personagem de Edna May Oliver como a viúva durona que se recusa a deixar a sua cama, mesmo sendo atacada por dois índios com tochas nas mãos, prontos para incendiar a sua casa. Edna foi indicada ao Oscar por esse papel.

AO RUFAR DOS TAMBORES foi o primeiro filme em technicolor de Ford e é um tributo aos pioneiros americanos que foram responsáveis pela construção do país. O filme termina com a notícia de que a Independência havia sido conquistada, a bandeira dos Estados Unidos é hasteada e ouvimos o hino nacional ao fundo. Muito bonito. Só Ford mesmo pra fazer esse tipo de coisa e não ficar aquela papagaiada patriota. E como eu vi esse filme logo após FOMOS OS SACRIFICADOS (1945), que é um tributo aos militares que lutaram no Pacífico na Segunda Guerra, deu pra perceber o quanto o sentimento de patriotismo faz parte do espírito de Ford. Agora, deu muita vontade de rever A MOCIDADE DE LINCOLN, que deve ter um tom parecido.

Vi o filme em divx, mas vale lembrar que AO RUFAR DOS TAMBORES foi lançado em DVD no Brasil pela Wonder Multimedia.

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