segunda-feira, junho 25, 2007

QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO (Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer)



O Surfista Prateado é um herói que marcou a minha infância e adolescência. Foi lendo uma das histórias do Surfista, escritas por Stan Lee e desenhada por John Buscema e publicadas na saudosa "Heróis da TV", que eu chorei pela primeira vez ao entrar em contato com uma forma de arte. O Surfista Prateado é o herói romântico por excelência. Preso à Terra e à humanidade que o maltrata, ele encontra-se impedido de voltar para o seu planeta e para os braços de sua amada Shalla Ball por causa de uma barreira invisível imposta por Galactus. Seu semblante sempre triste e seu discurso pacifista despertaram em mim um forte de sentimento de compaixão e simpatia. Quando soube que o Surfista estaria no novo filme do Quarteto Fantástico, tive medo que o resultado não fosse satisfatório. Felizmente, QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO (2007) é um dos maiores acertos entre as adaptações dos heróis Marvel para o cinema.

Já tinha gostado do primeiro QUARTETO FANTÁSTICO (2005), filme divertido que captava muito bem o espírito dos quadrinhos de Stan Lee. Esta continuação, também a cargo de Tim Story, mantém o tom divertido do anterior, graças principalmente às brincadeiras entre o Coisa (Michael Chiklis) e o Tocha Humana (Chris Evans). Só que dessa vez, esse tom leve é somado à carga inevitavelmente dramática da chegada do Surfista Prateado e do destruidor de mundos Galactus ao nosso planeta.

Reed Richards (Ioan Gruffudd) e Sue Storm (Jessica Alba) estão prestes a se casar e têm que lidar com o forte assédio da imprensa que os tratam como celebridades. O único que gosta de viver nesse "aquário" é Johnny Storm, o Tocha Humana, que usa a fama conseguida para conquistar o mulherio e ainda ganhar dinheiro com os patrocinadores. Enquanto isso, estranhos fenômenos acontecem no planeta com a chegada de um certo alienígena prateado que voa em cima de uma prancha.

Algumas das qualidades do filme: os efeitos especiais estão caprichados; o visual do Surfista está impecável, com destaque para o efeito dele unindo a matéria de seu corpo com a da prancha; o elenco do Quarteto parece estar bastante entrosado e isso se reflete numa simpatia imediata com o público; há uma dinâmica nas cenas de ação e o diretor consegue criar momentos em que os quatro integrantes do grupo agem harmonicamente em conjunto para resolver os problemas. Pena que logo agora que a Jessica Alba foi eleita a mulher mais sexy do Planeta pela revista FHM, ela não aparece tão bela.

O bom velhinho Stan Lee marca presença novamente. Aliás, ele está ficando como o Hitchcock: sempre tem que fazer alguma rápida aparição nas adaptações da Marvel. Ele deve se sentir muito feliz e orgulhoso ao ver as suas criações alcançando um nível de popularidade tão grande. Quanto à trama envolvendo a troca de poderes dos membros do Quarteto, deve ter sido copiada de umas estórias recentes escritas por J.M. Straczinsky, mas o importante é que funcionou no cinema.

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