sexta-feira, janeiro 19, 2007
MASTERS OF HORROR: WE ALL SCREAM FOR ICE CREAM
Eis o pior filme/episódio já exibido na antologia MASTERS OF HORROR. Como pode um diretor ficar tanto tempo parado e quando consegue voltar faz um lixo desses? WE ALL SCREAM FOR ICE CREAM (2007) é o retorno de Tom Holland à direção depois das não muito bem sucedidas experiências de adaptação de Stephen King em FENDA NO TEMPO (1995) e A MALDIÇÃO (1996). Foram mais de dez anos longe das câmeras. Seu auge foi nos anos 80, quando dirigiu os sucessos A HORA DO ESPANTO (1985) e BRINQUEDO ASSASSINO (1988).
A estória é completamente estúpida. Um grupo de adolescentes mata acidentalmente um palhaço vendedor de sorvetes. Quando eles crescem começam a sofrer a vingança do palhaço, que retorna à noite para matá-los, usando os seus próprios filhos como algozes. No momento em que a criança come o sorvete dado pelo palhaço, o seu pai morre. O detalhe é que, no momento da morte, seus corpos derretem e se transformam em algo parecido com sorvete. William Forsythe faz o papel do palhaço Buster.
Não se trata de não gostar do filme por ele parecer inverossímil ou absurdo, mas porque ele não é bem sucedido em criar uma lógica interna própria que nos faça ficar interessados nos personagens ou na trama. O filme também não cria uma atmosfera surreal ou algo parecido que nos faça relevar qualquer traço ridículo da estória. O próprio título é idiota, fazendo um trocadilho besta e que é repetido à exaustão ao longo do filme. Pra piorar, nem mesmo cena de mulher pelada o filme tem, preferindo fazer uma espécie de filme de terror para crianças com sabor oitentista. A mim, só me deu sono. Até então, o pior episódio de MASTERS OF HORROR pra mim era DANCE OF THE DEAD, do Tobe Hooper. Mas enquanto o filme de Hooper consegue ser irritante, o de Holland aborrece e dá sono. Taí um filme que afastaria qualquer pessoa que resolvesse entrar em contato com a série pela primeira vez através dele.
Ao menos, o próximo episódio a ir ao ar é THE BLACK CAT, dirigido por um cineasta de respeito, Stuart Gordon, e baseado num conto de um gigante da literatura americana, Edgar Allan Poe. Esse promete.
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