sexta-feira, dezembro 15, 2006
MASTERS OF HORROR: THE SCREWFLY SOLUTION
Essa segunda temporada de MASTERS OF HORROR está desapontando muita gente. Até mesmo Joe Dante, que havia nos presenteado com o ótimo HOMECOMING (2005), dessa vez apresenta um filme que não vinga a interessante premissa. Não que THE SCREWFLY SOLUTION seja fraco, mas é que eu esperava um pouco mais de Dante. A impressão que fica é que a interessante história foi despertiçada nesse pequeno intervalo de uma hora. Acredito que o enredo funcionaria até como uma série de tv de 22 episódios, se contasse, claro, com uma boa equipe envolvida. Ainda assim, Dante fez um bom trabalho e continua realizando filmes que questionam temas políticos e sociais. Nesse caso, um filme sobre a violência contra as mulheres.
Em THE SCREWFLY SOLUTION, um vírus toma conta da população dos Estados Unidos, fazendo com que os homens se tornem psicopatas assassinos e comecem a matar todas as mulheres que encontram pela frente. Aos poucos, a população de mulheres vai se acabando e a raça humana corre o risco de ser extinta. Começa a ser disseminada a idéia de que a mulher é o motivo da desgraça humana desde a tentação de Adão e Eva. Assim, surge um culto missógino: os Filhos de Adão. Uma das cenas mais interessantes do filme é aquela que se passa numa boate de striptease, quando um homem possesso de raiva ataca as strippers.
No elenco, há a participação de Jason Priestley (o eterno Brandon, da série BARRADOS NO BAILE) e Elliot Gould. Mas quem acaba funcionando como protagonista de verdade é Kerry Norton, no papel da esposa de Priestley.
O próximo MASTERS OF HORROR será VALERIE ON THE STAIRS, de Mick Garris, baseado num conto de Clive Barker. Não espero muito, vindo de Garris, mas quem sabe o filme surpreenda.
P.S.: Chegou ontem a nova Paisà. Entre os destaques: uma matéria especial sobre o lançamento de O CRIADO, de Joseph Losey, escrita pelo Bruno Andrade; uma geral sobre os festivais do Rio e de São Paulo, por Sergio Alpendre; uma discussão sobre o cinema brasileiro em 2006; e um ensaio do crítico Adrian Martin.
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