segunda-feira, maio 15, 2006

ACHADOS E PERDIDOS



Quando vi o trailer de ACHADOS E PERDIDOS (2005) bateu uma curiosidade de assistir ao filme de José Joffily. Talvez porque a atmosfera tenha me lembrado um pouco Rubem Fonseca, atualmente o escritor brasileiro que mais gosto. O filme é inspirado em outro escritor brasileiro contemporâneio que também faz romances policiais, Luiz Alfredo Garcia-Roza. O livro no qual o filme se baseia é de 1996. Em 1998, Joffily já havia negociado com o escritor os direitos do romance, mas encontrou dificuldades, tanto para encontrar patrocínio, quanto para encontrar a maneira certa de adaptar o roteiro.

Na trama, o ex-delegado Vieira (Antônio Fagundes) tem um caso com Magali, uma prostituta (Zezé Polessa, em papel corajoso) que aparece morta no dia seguinte, nua, com um saco na cabeça e com as mãos amarradas na cama. Como ele estava bêbado na noite anterior, ele é considerado pelos policiais um dos suspeitos do crime. O filme é narrado com alternâncias de passado e presente. Aos poucos, vamos conhecendo mais sobre a personagem de Polessa. A trama começa a esquentar com a entrada da personagem de Juliana Knust, no papel de Flor, a prostituta bonita que dá em cima de Vieira assim que Magali morre. As duas eram amigas íntimas.

Pena que o filme vai perdendo o rumo à medida que se aproxima do final. Começa até bem, cheio de mistério e amargura, mas depois chega a ficar ridículo. É uma queda bem evidente. Principalmente porque a menina que faz a Flor, assim como é bonita, é má atriz. Ou talvez tenha sido mal dirigida. (Há quem diga que não existe ator/atriz ruim, existe diretor que não sabe trabalhar bem com o elenco.) Se bem que nem dá pra reclamar muito quando vemos a beleza de Juliana Knust. Isso até que equilibra um pouco suas deficiências na performance. Ao menos a gente fica com os olhos grudados na tela.

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