quinta-feira, janeiro 05, 2006

MASTERS OF HORROR: CHOCOLATE

 

Provavelmente a série MASTERS OF HORROR é a melhor coisa do currículo de Mick Garris, que possui em sua filmografia produções pouco louváveis como a mini-série O ILUMINADO (1997) e os filmes SONÂMBULOS (1992), MONTADO NA BALA (2004) e PSICOSE IV - A REVELAÇÃO (1990). O maior crédito do sucesso e da concretização de MASTERS OF HORROR é de Garris, produtor da empreitada. Como ele é um dos nomes menos brilhantes entre os 13 cineastas, esperava que CHOCOLATE fosse um filme ruim. Longe disso, CHOCOLATE lembra os melhores momentos da série ALÉM DA IMAGINAÇÃO - refiro-me à versão anos 80, a única que cheguei a acompanhar. 

"Have you ever been in love?", pergunta o protagonista Henry Thomas (mais conhecido como o garotinho de E.T.) em direção à câmera e com a roupa suja de sangue. Assim começa CHOCOLATE. Na intrigante trama, Thomas é um sujeito que vive fazendo dietas sob o risco de engordar. A vida pra ele é cheia de concessões e dificuldades. Ele é um sujeito solitário e separado da esposa e do filho. As coisas começam a sair da normalidade quando ele passa a sentir, em flashes, cheiros, gostos, sensações, visão e audição de uma outra pessoa. Nessas horas, ele tem uma espécie de ligação mental com uma mulher que vive em outra cidade. Ele passa, então, a acreditar que está apaixonado por essa mulher. E vai atrás dela. A expectativa do encontro dos dois é um dos pontos altos do filme, quando se cria um suspense em torno dessa situação. Como CHOCOLATE é muito bem conduzido e os atores são muito bons, em especial Henry Thomas, cria-se um grau de verossimilhança necessário para que haja um envolvimento do espectador com a história. 

O resultado é que CHOCOLATE é o meu terceiro favorito da antologia, só perdendo para DREAMS IN THE WITCH-HOUSE, de Stuart Gordon, e JENIFER, de Dario Argento. Já tenho gravados em casa, esperando para serem vistos: HOMECOMING, de Joe Dante, DEER WOMAN, de John Landis, e CIGARETTE BURNS, de John Carpenter. Ainda vem muita coisa boa por aí.

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