Acho que devo ser um dos poucos blogueiros cinéfilos atualizando o blog em plena véspera de Natal. Agora, por exemplo, eu deveria estar me preparando para ir para a festa de formatura de um grande amigo meu. Mas, infelizmente, não estou com condições físicas e psicológicas para ir a uma festa. O que eu mais tenho gostado nesses dias tristes é de meu quarto, onde posso ler meus livros, ver meus filmes. Se é pra eu estar sozinho, que esses momentos sejam prazerosos. Acho que eu tenho uma espécie de atração mórbida pela melancolia. Por isso gosto tanto de canções tristes e melodramas. Se eu pego por acaso um melodrama que me faz chorar, já sinto como se tivesse ganhado o dia.
O OUTRO LADO DA RAIVA (2005) não chega a ser um melodrama do tipo calculado pra fazer chorar - tende mais para um realismo - mas o diretor Mike Binder conduz a trama com tal sensibilidade que eu esperava uma grande catarse no final. Não vou dizer aqui se minhas expectativas foram ou não cumpridas para não dar nenhuma pista do final do filme.
O filme já começa mostrando um funeral. Quer dizer, já sabemos de antemão que alguém morre na história. Então, o filme volta no tempo três anos. E passamos a nos familiarizar com a família de Joan Allen, formada por ela e suas quatro filhas, as gatíssimas Erika Christensen, Keri Russell, Alicia Witt e Evan Rachel Wood. O marido sumiu e a mulher acredita que ele fugiu para a Suécia com a secretária. Ela fica deprimida, mas aos poucos vai sendo consolada pelo ex-jogador de beisebol profissional, e agora DJ, Kevin Costner, que na verdade é também um ser solitário, que vê naquela casa cheia de tensão e mulheres bonitas uma espécie de abrigo.
Os problemas das vidas de cada um dos personagens são narrados sem pressa por Binder, que também faz parte do elenco. O fato de a gente saber que alguém vai morrer faz com que criemos um sentimento de apreensão, de medo de saber que qualquer doença ou acidente pode tirar a vida de uma das meninas.
Pena que o DVD do filme, lançado pela Imagem, saiu em fullscreen, o que é uma pena já que a janela correta do filme é 2,35, como pode se notar pelo trailer. Os principais extras do disco são as mini-entrevistas com o sempre simpático e belo elenco.
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