quinta-feira, agosto 18, 2005
VIY - O ESPÍRITO DO MAL / A LENDA DO MONSTRO VIY (Viy)
Em outubro de 2003, VIY - O ESPÍRITO DO MAL (1967) foi destaque da sessão de lançamentos em vídeo da saudosa revista Cine Monstro, recebendo texto de Carlos Primati. Por falar na revista, parece que ela vai voltar mesmo em outubro. Mas é melhor não comemorar antes do tempo. Torço para que a revista retorne pra valer e ganhe uma regularidade. Na época que VIY foi lançado, era muito difícil encontrar por aqui os DVDs da London. Só de uns tempos pra cá que eles se tornaram mais acessíveis. Comprei dois deles pela internet e agora está saindo quase tudo pelo precinho de 9,90 nas Lojas Americanas. Dá vontade de levar um monte pra casa e só não faço isso porque dinheiro tá muito difícil. Levei só dois DVDs estrelados pelo Vincent Price.
Voltando ao filme, trata-se de uma adaptação de um conto do escritor russo Nikolai Gogol. É a mesma estória que deu origem a A MALDIÇÃO DO DEMÔNIO (1960), de Mario Bava, mas os dois filmes são completamente diferentes. A começar pela fotografia - a do filme do Bava é em belíssimo preto e branco; a do filme soviético é bem colorida. O filme do Bava é mais sério, VIY tem vários momentos de humor. Acho que gosto mais de VIY do que do filme do Bava como um todo, ainda que a seqüência inicial de A MALDIÇÃO DO DEMÔNIO, com a implantação da máscara na bruxa, seja inesquecível. Talvez um dos melhores momentos do cinema de horror de todos os tempos. O filme soviético é mais fiel ao texto original de Gogol.
Na trama de VIY, três seminaristas bêbados da Igreja Ortodoxa passam férias e pedem abrigo na casa de uma velha a fim de passar a noite. Quando eles vão dormir, a velha se aproxima de um deles e o enfeitiça, chegando a usá-lo como se fosse uma vassoura, voando pelos céus. Acho essa seqüência a melhor do filme, realmente encantadora. Quando os dois chegam em terra firme, ele espanca a velha até a morte e ela se transforma numa bela jovem. De volta ao seminário, ele descobre que a bela jovem que morrera é filha de um homem muito rico da região. Ele é chamado para prestar os últimos sacramentos na jovem e o medo toma de conta dele.
VIY não é um filme que assusta, mas ainda assim é fascinante, até pela sensação de estranheza que provoca na gente. Agradecimentos ao amigão Renato, que gravou o filme numa fita pra mim a partir do DVD.
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