terça-feira, março 15, 2005

TRÊS MELODRAMAS

 

Prosseguindo com a fase "cochilando no cinema", resolvi não fazer um post único para JORNADA DA ALMA, filme que vi no Espaço Unibanco esse fim de semana. Em vez disso, vou colocá-lo junto com outros dois melodramas bem melhores, vistos na telinha há algum tempo, no velho esquema três em um. 

FIQUE COMIGO (Touch Me) 

Meu principal interesse por esse filme chama-se Amanda Peet. Fiquei apaixonado por essa moça desde que vi MEU VIZINHO MAFIOSO. Acho-a deslumbrante, com aqueles belos olhos grandes e expressivos. FIQUE COMIGO (1997) é um melodrama sobre moça que tem uma vida saudável e normal até o dia em que descobre que tem AIDS. Já estava esperando um filme pra se assistir acompanhado de muitos lenços, mas no fim das contas, apesar de ter chorado um pouco, o filme é menos melodramático do que eu esperava. Até o final eu achei otimista. Não é um grande filme, mas tem o carisma e a beleza da protagonista, fala de um assunto de interesse geral e não cansa em nenhum momento. Gravado da Globo. 

TEMPO DE RECOMEÇAR (Life as a House) 

Outro filme "de doença". Dessa vez, temos o sempre ótimo Kevin Kline como um homem divorciado que é diagnosticado com um câncer terminal. Sabendo disso, ele sai do emprego e resolve destruir sua velha casa e reconstruir uma nova com a ajuda pouco espontânea de seu filho, um adolescente junkie (Hayden Christensen). Sua nova maneira de encarar a vida - inicialmente ele não conta pra ninguém sobre sua doença -, conquista até sua ex-esposa, interpretada por Kristin Scott Thomas. Também no elenco, Jena Malone, num papel encantador, e Mary Steenburgen, como sua mãe. TEMPO DE RECOMEÇAR (2001) é um filme bonito e as lágrimas são quase inevitáveis. No DVD, tem alguns extras, incluindo uma faixa de comentário do diretor Irwin Winkler, mas não gostei do filme o suficiente pra ficar interessado em detalhes sobre a produção e coisas do tipo. Vi trechos dos mini-documentários, mas não achei tão bons. 

JORNADA DA ALMA (The Soul Keeper / Prendimi L'Anima) 

O caso de JORNADA DA ALMA (2002) foi mais ou menos parecido com o de CONSTANTINE, com direito a mais cochiladas ainda. É o tipo do programa que me causa arrependimento. Poderia ter ficado em casa vendo coisa melhor (ou dormindo). Em vez disso, encarei o difícil acesso da minha casa até o Dragão do Mar em pleno domingo, de ônibus, pra dormir no cinema vendo filme "de arte" pretencioso e chato. O filme conta a história de Sabina Spielrein, uma paciente de um sanatório com um caso de histeria que foi cuidada pelo Dr. Carl Jung, que na época adotava os métodos de seu mestre Sigmund Freud. Jung, casado, se envolve sentimental e sexualmente com sua paciente, que mais tarde se torna especialista em tratamentos alternativos para pessoas com problemas mentais na Rússia. Várias coisas tornam o filme chato: 1) a história é contada a partir da investigação de duas pessoas no presente, tornando o ritmo do filme bastante quebrado; 2) não há como se envolver ou torcer pela paixão de Jung com a tal doidinha; e 3) no final, o filme lembra o horroroso OLGA, com a chegada dos nazistas. JORNADA DA ALMA foi uma co-produção Itália/Inglaterra/França. Foi lançado recentemente em DVD.

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