sexta-feira, fevereiro 20, 2004

O SORRISO DE MONA LISA (Mona Lisa Smile)



"Cinema é como sexo: até ruim é bom." Mas às vezes a gente fica com tanta vontade de deixar a salinha escura antes de o filme acabar que essa frase deixa de ser confiável. Aliás, essa é uma variação da frase "Sexo é como pizza..." do filme TRÊS FORMAS DE AMAR. Hoje tinham poucas boas opções nos cinemas e como eu não queria ficar em casa (ontem só faltei pirar), resolvi encarar esse.

Difícil acreditar que o mesmo diretor de QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL tenha assinado um filme tão ruim. E o filme tem a Julia Roberts que, por mais que muita gente torça o nariz pela moça, ela ainda é a maior estrela de Hollywood na atualidade. Acredito que ela não estava prevendo tal fracasso. Incomoda ver todos os elementos do bom melodrama serem usados nessa xaropada que só provoca tédio.

Na história, que se passa nos anos 50 pré-rock n’ roll, Julia Roberts é uma professora novata que sente dificuldade em trabalhar de maneira livre numa escola tradicional para moças. O que mais a incomoda é o fato de que as meninas são todas nascidas para o casamento, jogando, pro ralo toda a boa educação que elas têm na escola.

Eu geralmente gosto desses filmes “de professor”. Mais recentemente pude ver o ótimo ESCOLA DE ROCK. Tiveram outros legais como MENTES PERIGOSAS, com a Michelle Pffeifer; ou MR. HOLLAND, com o Richard Dreyfuss (Xi, esse eu chorei pra caramba). Teve também NUNCA TE AMEI, de Mike Figgis. E o melhor de todos: o maravilhoso SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS.

Quanto aO SORRISO DE MONA LISA, é pura perda de tempo e dinheiro. Bom, salvam-se as performances de Julia Stiles e Maggie Gyllenhaal. Kirsten Dunst não é boa atriz e está perdendo a beleza que tinha nos tempos de AS VIRGENS SUICIDAS.

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