PI
Taí uma tarefa difícil escrever sobre PI. Primeiro porque eu não consegui absorver tudo o que o filme tentou dizer. Vai ver precisaria ter mais noções de matemática avançada. O fato é que já faz tempo que os números deixaram de me despertar tanto interesse. (Na verdade, eu não gosto deles porque eles me lembram as minhas dívidas.) As letras acabaram me puxando com mais força. Até fiz Faculdade de Letras. Hehehe. O meu interesse pelos números hoje em dia passa mais pela numerologia do que pela ciência matemática. No domingo mesmo minha irmã veio me perguntar porque 666 era o número da besta. Ela estava lendo o Apocalipse de São João. Aí fui explicar pra ela, de acordo com os meus parcos conhecimentos na área. Acho interessante o simbolismo de cada número. Até parei de estudar astrologia quando me deparei com cálculos chatos de ângulos entre as casas zodiacais e os aspectos entre os planetas. Deixei pra lá. Essa tarefa fica para os astrólogos mesmo. Prefiro me ater à parte da psicologia e da mitologia.
PI (1998), de Darren Anonofsky, é um filme que mostra um matemático chamado Max Cohen que procura o sentido da existência através de um padrão. Assim como o "pi" é um padrão dentro da circunferência, Cohen procura um padrão para o mundo. Quando o filme fala das espirais como presentes em tudo, não tive como não me lembrar de UZUMAKI (2000), de Higuchinsky, que fala da obsessão pelos espirais. Só que em vez de o filme descambar para o horror irracional puro e simples, a trama vai ficando complicada, com o protagonista se envolvendo com um grupo de judeus que quer achar o verdadeiro nome de Deus e um grupo de pessoas a fim de prever o que pode rolar na bolsa de valores. Uma confusão dos diabos.
O filme, esteticamente, parece muito com a obra seguinte de Aronofsky, RÉQUIEM PARA UM SONHO (2000). Ambos mostram pessoas tomando drogas químicas e entrando numa bad trip. Os tiques nervosos, os ângulos de câmera, os closes, a música eletrônica techno, tudo muito parecido, como se fosse uma marca registrada do diretor.
Por causa disso, quando estava surgindo um boato que Aronofsky seria o diretor de BATMAN: ANO UM, começaram a correr rumores de que ele ia mostrar o morcegão tomando pico na veia, viciado em heroína. Terminou que ele acabou saindo desse projeto, que foi engavetado pelo pessoal da Warner. Seus próximos projetos são LONE WOLF AND CUB, uma adaptação em live action de um mangá, e FLICKER, uma adaptação de um romance. Pode ser que, no fim das contas, ele não pegue nenhum desses projetos.
Filme visto em divx, graças ao Herbert, que me forneceu a cópia.
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