sexta-feira, outubro 17, 2003

VAN DAMME, SPIELBERG E ROB SCHNEIDER



Comento a seguir três filmes vistos recentemente, todos gravados da televisão.

RISCO MÁXIMO (Maximum Risk)

Esse filme de 1996 de Van Damme é mais uma das produções dirigidas por diretores de ação trazidos de Hong Kong. Ringo Lam talvez seja o menos expressivo dos três diretores que o belga trouxe para os EUA. Os outros dois - John Woo e Tsui Hark - são bem mais famosos e respeitados mundo afora. Mas, se por um lado, falta nesse filme de Lam aquela sofisticação de câmera que os outros dois esbanjam, melhora no quesito coesão de cenas e desenvolvimento da história. Pelo menos comparando com Tsui Hark, claro, que tem uns filmes que eu sinceramente não entendo porra nenhuma. Uma verdadeira zona. Exemplo clássico disso é o estiloso O TEMPO E A MARÉ, que ele dirigiu em Hong Kong. Ainda bem que eu não fui o único a me sentir burro vendo esse filme. Muita gente reclama da história difícil de entender. O filme mais famoso que ele fez para o Van Damme, IMPACTO FULMINANTE, é igualmente uma bagunça, apesar de ter cenas muito legais.

Ringo Lam já tem um cuidado maior nesse aspecto. E dá pra perceber isso vendo RISCO MÁXIMO. Mas sabe o que mais me chamou a atenção pra ver esse filme? Foi mesmo a Natasha Henstridge (foto), bonita no cartaz, bonita no filme. E é uma atriz que não tem frescuras: fez filme com o Van Damme, fez aquela porcaria aqui no Ceará chamada BELA DONNA, e trabalhou com o mago dos filmes de terror John Carpenter em FANTASMAS DE MARTE. Se bem que ela já tinha começado bem, desfilando nua no horror-sci-fi A EXPERIÊNCIA. Ela é uma graça. Gosto da cena em que ela está de lingerie. Hehehe.

Na história, Van Damme tem um irmão gêmeo (de novo?) que é assassinado. Ele só soube que tinha esse irmão depois que ele morreu. Ele vai então investigar a vida do irmão, que tem um monte de inimigos e negócios com gente barra-pesada. O resto é só aventura, pancadaria, a beleza de Natasha e cenas de perseguição de carro. Van Damme não economiza na violência, quebrando braços ou esfaqueando seus oponentes. É um filme que se não é uma obra-prima, cumpre o esperado de um filme do gênero. Na verdade, esse é um dos meus preferidos dos filmes do Van Damme.

O filme mais recente dele, lançado há pouco nas locadoras é HELL, que tem como título original THE SAVAGE. Coincidência o próximo filme que eu vou comentar agora se chamar SAVAGE.

SAVAGE - À BEIRA DA DIFAMAÇÃO (Savage / The Savage File / Watch Dog)

Filme raro dirigido pelo jovem Steven Spielberg pra televisão americana em 1973, SAVAGE conta a história de Paul Savage (Martin Landau), que é um âncora de um tele-jornal, ao mesmo tempo que também é repórter investigativo e é uma pessoa de influência na imprensa. O filme aqui e acolá tenta ser mais cinema do que tv, mas no geral, é só uma produção meia-boca. Vale mais pela curiosidade de ver um Spielberg raro - o filme não está disponível em vhs/dvd nem nos EUA. Decepciona um pouco, já que o espetacular ENCURRALADO (1971) foi feito um pouco antes deste e já no final dos anos 60, Spielberg dirigiu o sensacional episódio "Eyes" para a série de tv NIGHT GALLERY. Mas valeu conhecer. Gravado da TNT.

GIGOLÔ POR ACIDENTE (Deuce Bigalow: Male Gigolo)

Esse passou no SBT ontem. É de mal gosto como os filmes dos irmãos Wayans, mas que é engraçado é. Rob Schneider é bom comediante. Nunca tinha visto nada dele. E nem tenho o hábito de ver o Saturday Night Live. GIGOLÔ POR ACIDENTE (1999) conta a história de um limpador de aquários que fica cuidando da casa de um violento gigolô e acaba quebrando o valioso aquário do homem. Começa a trabalhar de michê para conseguir dinheiro pra pagar o prejuízo enquanto o cara viaja. O engraçado é que só vem mulher estranha pra ele. A parte mais engraçada é a cena da giganta. Ele sai com uma mulher enorme e o pessoal da rua fica gritando: "giganta!", "girafa"! O final é coerente com o começo do filme, com as soluções acontecendo muito rápido. É diversão rasteira, mas vale ver pra garantir a risada do dia.

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