MEU TIO (Mon Oncle)
Se tem uma coisa que me enerva é sentir calor dentro do cinema. Hoje de manhã fui mais uma vez para o Shopping Benfica, pro segundo dia da mini-mostra Jacques Tati. Resultado: acabei não curtindo o filme por causa do calor. Isso já tinha acontecido antes com PIRATAS DO CARIBE. Desse jeito, fico sem saber o que teria sido se eu tivesse visto o filme no friozinho de uma sala refrigerada de verdade e no período da tarde ou da noite (pela manhã eu fico facilmente irritadiço). Mas como o meu objetivo aqui principalmente é narrar as minhas impressões e minhas experiências sobre o filme, aqui vai.
MEU TIO (1958), tido como a obra-prima de Tati e ganhador do Oscar de filme estrangeiro, é inferior a AS FÉRIAS DO SR. HULOT. As piadas são bem menos engraçadas e sua crítica à tecnologia se torna sem sentido nos dias de hoje, onde a internet se tornou uma das alegrias da humanidade. Charles Chaplin teve resultados muito melhores com o seu TEMPOS MODERNOS (1936), mas isso se deve porque Chaplin expôe o tema da desumanidade cometida aos operários das fábricas do início do século. Não é uma crítica da tecnologia em si.
MEU TIO, porém, comparando novamente com AS FÉRIAS..., é mais caprichado na fotografia, nos detalhes mostrados à distância, na exploração maior dos personagens - nesse filme, M. Hulot é o principal, mas a sua irmã e o marido também são protagonistas da história. A melhor cena do filme é quando os dois vão receber uma vizinha e a confundem com uma vendedora de tapetes.
Bom, de qualquer maneira, não pretendo ir ver PLAYTIME no próximo sábado, pois o filme é longo e eu não iria agüentar ficar num calor dos diabos de novo. Hoje quase que reclamo com a administradora das salas, mas acabei deixando pra lá. Defeito meu, admito.
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