quarta-feira, abril 21, 2010

A CASA DA NOITE ETERNA (The Legend of Hell House)





















Há quem diga que não é a gente que vai atrás dos filmes, mas os filmes que vão ao nosso encontro. Num intervalo de tempo muito pequeno, duas obras de John Hough vieram ao meu encontro. Estava apenas na dúvida sobre qual dos dois escolher para ver numa dessas madrugadas chuvosas que estão se tornando comuns ultimamente em Fortaleza. Afinal, uma das coisas mais agradáveis para quem curte filmes de horror é poder ver um bom exemplar do gênero na calada da noite. Entre A CASA DA NOITE ETERNA (1973) e INCUBUS (1981), escolhi o primeiro, levando em consideração mais o aspecto cronológico da realização do que o fato de ser uma obra mais respeitada, de ser o filme cujo diretor é mais lembrado.

Na verdade, o nome de John Hough ainda é pouco conhecido pela grande maioria do público. Eu mesmo não tinha visto nenhum de seus filmes, embora vontade de ver um deles não faltasse. Não é um cineasta tão cultuado, mas é um dos diretores que mais se dedicaram ao horror desde a década de 1970. Quase sempre realizando filmes em seu país natal, a Inglaterra, Hough fez um trabalho bem diferente das produções americanas. Com o tempero inglês e boa dose de criatividade, uma obra como A CASA DA NOITE ETERNA traz vida nova para a já velha história de casas mal-assombradas.

Na trama, a "casa do inferno" do título original é uma casa que tem um passado bem assustador. Da história trágica que ela carrega, só há um sobrevivente (Roddy McDowell). Um psiquiatra (Clive Revill) é contratado por um milionário para passar uns dias na casa com o objetivo de descobrir a existência de vida após a morte. Ele leva consigo sua esposa e uma médium (Pamela Franklin) e mais o tal sobrevivente. Os quatro são assombrados de diferentes maneiras. No aspecto visual, destaque vai para a paleta de cores do quarto vermelho da personagem de Pamela Franklin. Os melhores momentos do filme mostram o seu contato com um espírito hostil de Daniel Belasco e é em seu quarto que a direção de arte se destaca mais. Pena que o filme caia um pouco no andamento em sua segunda metade, mas a primeira parte é irretocável.

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